Pular para o conteúdo principal

Postagens

Gastos Governamentais

No Brasil, o debate sobre os gastos públicos é um tema sensível, frequentemente marcado por controvérsias quanto às prioridades na alocação de recursos. Comparar os custos do Executivo e do Legislativo com os investimentos em programas sociais, infraestrutura e serviços essenciais revela as escolhas orçamentárias que moldam o futuro do país. Gastos com o Executivo e o Legislativo O custo da máquina pública brasileira é notoriamente elevado. Em 2023, o Executivo federal representou um gasto de cerca de R$ 1,5 trilhão , incluindo salários, benefícios de servidores públicos e custos administrativos. Já o Legislativo, que compreende o Senado e a Câmara dos Deputados, consumiu aproximadamente R$ 13 bilhões , somando salários de parlamentares, verbas de gabinete e custos operacionais. Só na esfera federal, não computados as esferas Estaduais (27 unidades federativas) e Municipais (5.570 municípios). Comparado com outros países, o Brasil está entre as nações que mais gastam com o Legislativo....

G20?

Como sabemos, o G20, é um grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, tem se consolidado como um fórum global crucial para debater questões econômicas, sociais e ambientais que impactam o planeta. Contudo, há sempre uma pergunta que paira no ar após cada reunião: as promessas feitas se convertem em ações práticas?  Vamos fazer uma rápida analisar as últimas cinco reuniões e tentar traçar uma analogia entre os compromissos assumidos e as mudanças efetivadas no cenário mundial e posteriormente tratar da deunião de 2024, no Rio de Janeiro. Osaka (2019): Crescimento Econômico e Comércio Internacional Em Osaka, as discussões focaram no fortalecimento do comércio internacional e no combate ao protecionismo. A promessa era clara: construir pontes entre nações e evitar disputas tarifárias que ameaçassem a economia global. Na prática, entretanto, vimos tensões comerciais, especialmente entre EUA e China, se prolongarem por anos. Analogicamente: imagine uma pont...

Lobo mau e os três porquinhos

Nos últimos anos, a política brasileira tem sido marcada por intensos debates e polarizações que, muitas vezes, carecem de um fundamento ético. A ausência de ética nas discussões políticas não apenas prejudica a qualidade do debate, mas também compromete a confiança da população nas instituições. A ética, que deveria ser a base para qualquer discussão política, parece ter sido esquecida em um cenário onde a busca pelo poder é mais valorizada do que a busca pelo bem comum. Um dos fatores que contribui para essa situação é a sobreposição das atribuições entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. No Brasil, é comum que esses três poderes, que deveriam atuar de forma harmônica e independente, se confundam e entrem em conflito. Essa superposição não apenas gera instabilidade política, mas também dificulta a construção de um ambiente ético, onde as decisões são tomadas com base em valores e princípios morais. Os debates políticos atuais frequentemente são marcados por ...

A percepção do problema

Gosto de pensar que há sempre uma solução para quase tudo na vida. Se não vemos a solução é por não entendermos o real problema ou por não termos o competência apropriado. Aqui, cabe, antes de tudo, compreender o que é um problema. Normalmente a maioria das pessoas considera como problema apenas uma banalidade qualquer da vida, um dia de chuva, um dia de sol, um engarrafamento etc. Problema, por exemplo, seria uma mãe solo, desempregado, com dois filhos, em que um é atípico. Bom, no primeiro caso, quando não compreendemos o problema, precisamos limpar a mente, rever o problema, identificar as causas, as consequências e os atores envolvidos e focar nas possibilidades de solução. No segundo caso, a falta de competência, vale uma máxima "você nasabe o que você não sabe", neste caso, contratar um profissional competente é sempre a opção mais eficaz. Mas, isso não encerra todas as possibilidades, há problemas que, embora compreendamos o problema e tenhamos a ajuda de p...

Cotidiano

Há quem não compreende bem a ideia do cotidiano como sendo o campo de batalhas. A impressão que tenho é de que, em princípios, falta parâmetros para a perfeita compreensão da coisa... Parece uma coisa simples e, realmente, é, porém, é mais importante do que parece. Um exemplo que gosto muito é o da pessoa que entra no consultório de um(a) nutricionistas querendo perder em 30 dias o que acumulou nos últimos 10 ou 20 anos, em cotidianos hábitos ruins. Isso reflete bem o conceito que a pessoa tem sobre este campo de batalha, deixado de lado. Para piorar, neste exemplo, vários (não todos) profissionais da nutrição, optam por não educar e escolhem um caminho mais fácil das fórmulas "mágicas", que acabam por fortalecer a negligência ao cotidiano, geram efeitos colaterais indesejados e garantem um atendimento futuro, uma vez que os hábitos não são saudáveis. Essa percepção não fica mais fácil com as nova gerações, pelo contrário. Somos coniventes com a criação de gerações cada vez m...

Nossos rumos

Os questionamento são vários... Os valores que pagamos são altos, mas o sistema segue, alheio ás nossas queixas, às nossas necessidades, ao nosso presente e ao futuro. Não tenho a intenção de propor uma revolução, a nova queda da Bastilha ou equivalente, apenas algumas reflexões pessoais. O fato é que, de fato, não sabemos muito sobre os reais fatos, pois, em nossa invigilância, trocamos anos de serviço, muitas vezes entediante, pela segurança de uma miséria mensal; trocamos sonhos por promessas vazias; trocamos a saúde do presente, por milagres futuros; trocamos o melhor de nossas vidas, por quase nada... Questiono o caminho que nos foi definido. Em algum lugar no passado alguém parece que fez a curva equivocada, a escolha impensada, assumiu a postura errada e nos perdemos por um atalho desviante. Ouço pessoas reclamando das dívidas, das contas, da falta de tempo, do excesso de trabalho, do cansaço, de dores (muito mais da alma do que do corpo)... E esse é um cotidiano insalubre, impr...

Na mesma página

Gosto da ideia de por todos cientes da página em que eu me encontro, até para ter um feedback se eu realmente estou no lugar que julgo estar. De todo o modo, esse é o lugar em que eu me encontro ou ao menos penso que deveria estar. Desde pequeno eu tenho um certo fascínio pelo astrofísico Carl Sagan, desde que, lá pelos idos de 1980/81, o programa "Cosmos" chegou a mim, através da tela da velha tv Sharp da família. Era uma viagem, própria, dentro da viagem do cara. Certo dia ele deu uma explicação, simples, inteligente e que fez (e faz) toda a diferença sobre quando e onde estou no mundo. Era o calendário cósmico... A ideia era de comprimir todos os bilhões de anos do universo em um único ano. Assim, resumidamente, no topo da imagem, seria o dia 1º de janeiro do calendário, quando aconteceu o "Big Bang", o princípio do nosso universo. Ao longo dos dias, semanas e meses, os eventos universais viriam acontecendo, formação da "Via Láctea" e outras galáxias, s...