Há quem não compreende bem a ideia do cotidiano como sendo o campo de batalhas. A impressão que tenho é de que, em princípios, falta parâmetros para a perfeita compreensão da coisa... Parece uma coisa simples e, realmente, é, porém, é mais importante do que parece.
Um exemplo que gosto muito é o da pessoa que entra no consultório de um(a) nutricionistas querendo perder em 30 dias o que acumulou nos últimos 10 ou 20 anos, em cotidianos hábitos ruins. Isso reflete bem o conceito que a pessoa tem sobre este campo de batalha, deixado de lado. Para piorar, neste exemplo, vários (não todos) profissionais da nutrição, optam por não educar e escolhem um caminho mais fácil das fórmulas "mágicas", que acabam por fortalecer a negligência ao cotidiano, geram efeitos colaterais indesejados e garantem um atendimento futuro, uma vez que os hábitos não são saudáveis.
Essa percepção não fica mais fácil com as nova gerações, pelo contrário. Somos coniventes com a criação de gerações cada vez mais ansiosas, cada vez mais dependentes de respostas imediatas, de resultados rápidos, de soluções relâmpago para tudo.
As conquistas da vida são ganhas, ou perdidas, nas batalhas diárias sobre cada uma das nossas interações humanas. Costumamos ver um atleta no auge da sua carreira receber um feedback do tipo: "Deu muita sorte" ou "Deu tudo certo para ele(a)"... A verdade é que uma medalha ou um troféu, não é recebida em um dia específico, mas foi ganha ao longo de meses, anos, quiçá décadas de escolhas, preparação, treinamento e privações.
Gosto muito de uma imagem que mostra os pés de uma bailarina (o preço) ao lado da sua sapatilha (o glamour).
A vida é formada por ciclos. É, para todos, a diferença entre o aluno que constrói um boletim para ser aprovado e o aluno que não faz e precisa tirar uma nota excelente, que não tirou o ano todo, para ser aprovado ao final do ano.
Compreender o nosso cotidiano, os hábitos e as escolhas que fazemos, faz toda a diferença para o resultado da vida de cada um.
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