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Mostrando postagens com o rótulo política

Consumo vigente

O consumo consciente tornou-se uma necessidade em um mundo marcado pelo excesso e pelo desperdício. Embora discursos sobre sustentabilidade sejam cada vez mais frequentes, o modelo de consumo atual ainda é amplamente sustentado por práticas que priorizam o lucro acima de tudo, como a obsolescência programada, incentivada por grandes conglomerados. Para compreender o impacto desse cenário, é fundamental analisar sua origem e como ele se perpetua nos dias de hoje. O Modelo Americano de Consumo no Pós-Guerra Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos enfrentaram o desafio de manter sua economia ativa em um cenário de paz. A solução encontrada foi promover o consumo em massa. Com o incentivo governamental e a propaganda maciça, os americanos foram encorajados a comprar bens não apenas por necessidade, mas também como um estilo de vida. Esse modelo rapidamente se expandiu globalmente, estabelecendo as bases do consumo desenfreado que vemos hoje. Indústrias passaram a adotar estratégia...

A imprensa e o seu papel

 A imprensa, ao longo dos séculos, desempenhou um papel central na disseminação de informações e na construção do debate público. No entanto, sua trajetória, que começou com o objetivo de relatar fatos, evoluiu para um complexo cenário em que interesses econômicos, políticos e editoriais moldam o que é noticiado e como as informações são apresentadas. Essa mudança tem impactos profundos sobre a sociedade, especialmente em um mundo hiperconectado. Da Informação à Influência No passado, a imprensa era vista como a “guardião da verdade” e desempenhava uma função essencial: informar a população de forma neutra e baseada em fatos. Com o advento da globalização e do modelo econômico capitalista, muitos veículos de comunicação tornaram-se grandes conglomerados empresariais. Assim, interesses financeiros passaram a influenciar a escolha e o enfoque das notícias, levando à omissão de certos fatos e à amplificação de outros. Um exemplo notório foi o tratamento desigual dado às manifestações ...

Gastos Governamentais

No Brasil, o debate sobre os gastos públicos é um tema sensível, frequentemente marcado por controvérsias quanto às prioridades na alocação de recursos. Comparar os custos do Executivo e do Legislativo com os investimentos em programas sociais, infraestrutura e serviços essenciais revela as escolhas orçamentárias que moldam o futuro do país. Gastos com o Executivo e o Legislativo O custo da máquina pública brasileira é notoriamente elevado. Em 2023, o Executivo federal representou um gasto de cerca de R$ 1,5 trilhão , incluindo salários, benefícios de servidores públicos e custos administrativos. Já o Legislativo, que compreende o Senado e a Câmara dos Deputados, consumiu aproximadamente R$ 13 bilhões , somando salários de parlamentares, verbas de gabinete e custos operacionais. Só na esfera federal, não computados as esferas Estaduais (27 unidades federativas) e Municipais (5.570 municípios). Comparado com outros países, o Brasil está entre as nações que mais gastam com o Legislativo....

G20?

Como sabemos, o G20, é um grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, tem se consolidado como um fórum global crucial para debater questões econômicas, sociais e ambientais que impactam o planeta. Contudo, há sempre uma pergunta que paira no ar após cada reunião: as promessas feitas se convertem em ações práticas?  Vamos fazer uma rápida analisar as últimas cinco reuniões e tentar traçar uma analogia entre os compromissos assumidos e as mudanças efetivadas no cenário mundial e posteriormente tratar da deunião de 2024, no Rio de Janeiro. Osaka (2019): Crescimento Econômico e Comércio Internacional Em Osaka, as discussões focaram no fortalecimento do comércio internacional e no combate ao protecionismo. A promessa era clara: construir pontes entre nações e evitar disputas tarifárias que ameaçassem a economia global. Na prática, entretanto, vimos tensões comerciais, especialmente entre EUA e China, se prolongarem por anos. Analogicamente: imagine uma pont...

Lobo mau e os três porquinhos

Nos últimos anos, a política brasileira tem sido marcada por intensos debates e polarizações que, muitas vezes, carecem de um fundamento ético. A ausência de ética nas discussões políticas não apenas prejudica a qualidade do debate, mas também compromete a confiança da população nas instituições. A ética, que deveria ser a base para qualquer discussão política, parece ter sido esquecida em um cenário onde a busca pelo poder é mais valorizada do que a busca pelo bem comum. Um dos fatores que contribui para essa situação é a sobreposição das atribuições entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. No Brasil, é comum que esses três poderes, que deveriam atuar de forma harmônica e independente, se confundam e entrem em conflito. Essa superposição não apenas gera instabilidade política, mas também dificulta a construção de um ambiente ético, onde as decisões são tomadas com base em valores e princípios morais. Os debates políticos atuais frequentemente são marcados por ...